Da leitura do conto de Jorge Luiz Borges
AS RUÍNAS CIRCULARES
“somos do mesmo material do que se
tecem os sonhos, nossa pequena vida está
rodeada de sonhos”- W. Shakespeare.
Num Templo, numa Arena, num Anfiteatro...
Há um homem e ele sonha.
Viajante exaurido ele adormece, decidido.
Não é o corpo viajado e machucado que o leva ao sono.
Delibera a si mesmo adormecer.
De onde veio, ele não conta
E nem é preciso saber.
Há um homem: ele sonha!
Está num Templo, numa Arena, num Anfiteatro...
Sua mente e seu coração embalam uma vontade.
AS RUÍNAS CIRCULARES
“somos do mesmo material do que se
tecem os sonhos, nossa pequena vida está
rodeada de sonhos”- W. Shakespeare.
Num Templo, numa Arena, num Anfiteatro...
Há um homem e ele sonha.
Viajante exaurido ele adormece, decidido.
Não é o corpo viajado e machucado que o leva ao sono.
Delibera a si mesmo adormecer.
De onde veio, ele não conta
E nem é preciso saber.
Há um homem: ele sonha!
Está num Templo, numa Arena, num Anfiteatro...
Sua mente e seu coração embalam uma vontade.
Feridas são contraídas na escalada para chegar
Ao Templo, à Arena, ao Anfiteatro...
Ele é um Homem. Um homem que sonha.
Ele sonha e por isto faz a escalada:
Vai ao Templo, à Arena, ao Anfiteatro...
Sua chegada é remédio cicatrizante:
Ele encontra sua Mandala!!!
Conhece Lodo, Pedra, Fogo, Luz, e quer Água...
Busca a energia misteriosa para a sua realização.
Ele sonhou um sonho sonhado?
É no Templo, na Arena, naquele Anfiteatro
Que o homem encontra ruínas por toda parte.
Lá, conversa com seus fantasmas.
Lá no Templo, na Arena daquele Anfiteatro
O sonhador perdoa os seus fracassos
Retoma o seu propósito.
Constrói o seu sonho tão sonhado:
Um homem “com integridade minuciosa e impô-lo à realidade”!
“Mil e uma noites secretas” foi o Tempo
Lá na Arena, no Templo do Anfiteatro
Até pronunciar as “sílabas lícitas da palavra poderosa”
Quando deu vida ao seu Sonhado.
Porém, numa cinzenta manhã
Criatura e Criador experimentam o incêndio
Sem sentir o seu calor
Combustão fria
do deus Fogo que os animou.
Lá no Templo, na Arena, no Anfiteatro
Não há morte para o Sonhado e Sonhador
Há ruínas...
De que material foi tecido este Sonhado?
Onde está o seu Templo, minha Arena, nosso Anfiteatro?
E a Criatura, o Sonhado?
Tem “alma merecedora do Universo”?
E, que vida terá o nosso Sonhado?
Rita Marques
Confraria da Leitura, setembro de 2009.
Nota: mandala: palavra sânscrita que significa círculo, uma reprodução geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. O simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece na estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações. Dá forma não apenas às cidades, aos templos e aos palácios reais, mas também à mais modesta habitação humana, pelas populações primitivas.
Representa para o homem o seu abrigo interior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário